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IPCA pressionado atinge 9,68% em 12 meses

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou variação de 0,87% em agosto de 2021 depois de ter avançado 0,96% no mês anterior, conforme divulgado pelo IBGE. Essa foi a maior variação para um mês de agosto desde 2000 (1,31%). Assim, a inflação acumulada em 12 meses foi de 9,68%, bem acima da meta de 3,75%.

 

Dos nove grupos que compõem o índice, apenas Saúde e cuidados pessoais apresentou variação negativa no índice de preços (-0,04%). Os maiores impactos vieram de Transportes e Alimentação e Bebidas, que registraram altas respectivamente de 1,46% e 1,39%, em que o primeiro desacelerou e segundo acelerou em relação ao mês de julho. O impacto de Transportes no índice geral da inflação de agosto foi de 0,30 p.p., com principal impacto individual (0,17 p.p.) vindo da alta da gasolina seguido de 0,05 p.p. do item automóvel novo. No grupo Alimentação e Bebidas, o impacto foi de 0,29 p.p.. Neste caso, destaque para Alimentação no domicílio (1,63%; 0,24 p.p.), tendo como principais impactos os itens tubérculos, raízes e legumes (0,05 p.p.), e Aves e ovos (0,05 p.p.). O grupo Habitação (0,68%) exerceu o terceiro maior impacto no IPCA com a contribuição de 0,11 p.p., com maior influência da energia elétrica residencial (1,10%; 0,05 p.p.).

 

Na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), o IPCA teve variação de 0,71% em agosto depois de uma alta de 1,23% em julho. Os principais grupos a contribuir para o aumento foram Alimentação e bebidas (1,18%; 0,25 p.p.), Habitação (1,39%; 0,21 p.p.) e Transportes (0,68%; 0,13 p.p.). Dessa forma, o IPCA da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) registrou alta de 10,44% em 12 meses, avançando em relação aos 10,02% do mês anterior.

 

No que diz respeito ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), em agosto, sua variação no país foi de 0,88%, acumulando alta de 10,42% em 12 meses. Na RMPA, o INPC teve variação de 0,84%, com variação acumulada de 11,33% em 12 meses.

 

Em agosto, a maior inflação registrada para agosto desde 2000 revelou uma alta disseminada entre os grupos, com índice de difusão acelerando de 66,7% para 71,9% e aceleração dos núcleos de inflação – que desconsideram os itens com preços mais voláteis. Para o próximo mês, a pressão inflacionária deve continuar, quando entrará na conta o impacto da nova bandeira criada para o momento excepcional de reservatórios de água em situação crítica, elevando o preço da energia elétrica a cada 100 kW/h consumidos dos já R$ 9,49 para R$ 14,20, reforçando a leitura da continuidade de um cenário desafiador à frente, gerando impulso para altas maiores e mais tempestivas da Selic.

 

Fonte: Fecomércio-RS

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